DEUS

Reunião de Estudo - 01
Conceito e Provas da Existência de DEUS.


Grupo de Transição (GT)
Centro Espírita Yvon Costa
nov.2021

Sugestão de leitura para o encontro:

  • O LIVRO DOS ESPÍRITOS:

    • Questões de [1 a 9].
  • A GÊNESE:

    • Capítulo II - Itens [1 a 7].

Livro dos Espíritos
Questões de [1 a 9]

O Livro dos Espíritos

  • Publicado em 18 de abril de 1857.
  • Composto por 1019 perguntas e respostas, comentários e notas.
  • Obra primeira da codificação kardequiana, inaugura o Espiritismo na Terra.
  • Delineia a estrutura da Doutrina Espírita a qual será aprofundada nas demais obras da codificação.

1. Que é Deus?

  • “Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.”

Livro dos Espíritos - Capítulo 1 - De Deus - Deus e o Infinito

2. Que se deve entender por infinito?

  • “O que não tem começo nem fim: o desconhecido; tudo o que é desconhecido é infinito.”

Livro dos Espíritos - Capítulo 1 - De Deus - Deus e o Infinito

3. Poder-se-ia dizer que Deus é o infinito?

  • “Definição incompleta. Pobreza da linguagem humana, insuficiente para definir o que está acima da linguagem dos homens.”

Deus é infinito em suas perfeições, mas o infinito é uma abstração. Dizer que Deus é o infinito é tomar o atributo de uma coisa pela coisa mesma, é definir uma coisa que não está conhecida por uma outra que não o está mais do que a primeira.*

* Nota de Kardec à resposta dos espíritos.

Livro dos Espíritos - Capítulo 1 - De Deus - Deus e o Infinito

4. Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus?

  • “Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá.”

Para crer-se em Deus, basta se lance o olhar sobre as obras da Criação. O Universo existe, logo, tem uma causa. Duvidar da existência de Deus é negar que todo efeito tem uma causa e avançar que o nada pôde fazer alguma coisa.
Livro dos Espíritos - Capítulo 1 - De Deus - Provas da Existência de Deus

5. Que dedução se pode tirar do sentimento instintivo, que todos os homens trazem em si, da existência de Deus?

  • “A de que Deus existe; pois, donde lhes viria esse sentimento, se não tivesse uma base? É ainda uma consequência do princípio — não há efeito sem causa.”

Livro dos Espíritos - Capítulo 1 - De Deus - Provas da Existência de Deus

6. O sentimento íntimo que temos da existência de Deus não poderia ser fruto da educação, resultado de ideias adquiridas?

  • “Se assim fosse, por que existiria nos vossos selvagens esse sentimento?”

Se o sentimento da existência de um ser supremo fosse tão somente produto de um ensino, não seria universal e não existiria senão nos que houvessem podido receber esse ensino, conforme se dá com as noções científicas.
Livro dos Espíritos - Capítulo 1 - De Deus - Provas da Existência de Deus

7. Poder-se-ia achar nas propriedades íntimas da matéria a causa primária da formação das coisas?

  • “Mas, então, qual seria a causa dessas propriedades? É indispensável sempre uma causa primária.”

Atribuir a formação primária das coisas às propriedades íntimas da matéria seria tomar o efeito pela causa, porquanto essas propriedades são, também elas, um efeito que há de ter uma causa.
Livro dos Espíritos - Capítulo 1 - De Deus - Provas da Existência de Deus

8. Que se deve pensar da opinião dos que atribuem a formação primária a uma combinação fortuita da matéria, ou, por outra, ao acaso?

  • “Outro absurdo! Que homem de bom senso pode considerar o acaso um ser inteligente? E, demais, que é o acaso? Nada.”

A harmonia existente no mecanismo do Universo patenteia combinações e desígnios determinados e, por isso mesmo, revela um poder inteligente. Atribuir a formação primária ao acaso é insensatez, pois que o acaso é cego e não pode produzir os efeitos que a inteligência produz. Um acaso inteligente já não seria acaso.
Livro dos Espíritos - Capítulo 1 - De Deus - Provas da Existência de Deus

9. Em que é que, na causa primária, se revela uma inteligência suprema e superior a todas as inteligências?

Livro dos Espíritos - Capítulo 1 - De Deus - Provas da Existência de Deus

“Tendes um provérbio que diz: ‘Pela obra se reconhece o autor.’ Pois bem! Vede a obra e procurai o autor. O orgulho é que gera a incredulidade. O homem orgulhoso nada admite acima de si. Por isso é que ele denomina a si mesmo de espírito forte. Pobre ser, que um sopro de Deus pode abater!”

O poder de uma inteligência se julga pelas suas obras. Não podendo nenhum ser humano criar o que a Natureza produz, a causa primária é, conseguintemente, uma inteligência superior à Humanidade. Quaisquer que sejam os prodígios que a inteligência humana tenha operado, ela própria tem uma causa e, quanto maior for o que opere, tanto maior há de ser a causa primária. Aquela inteligência superior é que é a causa primária de todas as coisas, seja qual for o nome que lhe deem.
Livro dos Espíritos - Capítulo 1 - De Deus - Provas da Existência de Deus

Gênese
Capítulo II - Itens [1 a 7]

A Gênese

  • Título completo: a Gênese os milagres e as predições segundo o Espiritismo;
  • Publicada em 06 de janeiro de 1868.
  • Última das Obras Básicas.
  • Composta de 18 capítulos, divididos em 3 partes distintas; tem como base a imutabilidade das Leis Divinas.
  • Aborda questões de ordem filosófica e científica.

Existência de Deus - 1

  1. Sendo Deus a causa primeira de todas as coisas, a origem de tudo que existe, a base sobre a qual repousa o edifício da Criação, é o ponto que importa considerar-se antes de tudo.

A Gênese - Capítulo II - Deus - Existência de Deus.

Existência de Deus - 2

  1. Constitui princípio elementar que pelos efeitos é que se julga uma causa, mesmo quando ela se conserve oculta. Se, pois, rasgando os ares, um pássaro é atingido por mortífero grão de chumbo, deduz-se que um hábil atirador o alvejou, ainda que este último não seja visto. Assim, nem sempre é preciso que se veja uma coisa para ficar-se sabendo da sua existência. Em tudo, é observando os efeitos que se chega ao conhecimento das causas que os produzem.

A Gênese - Capítulo II - Deus - Existência de Deus.

Existência de Deus - 3 (1/2)

  1. Outro princípio igualmente elementar e que, de tão verdadeiro, passou a axioma é o de que todo efeito inteligente tem que resultar de uma causa inteligente. Se, por exemplo, alguém perguntar qual o construtor de certo mecanismo engenhoso, que pensaríamos de quem respondesse que ele se fez a si mesmo?

(continua)

A Gênese - Capítulo II - Deus - Existência de Deus.

Existência de Deus - 3 (2/2)

  1. Quando se contempla uma obra-prima da arte ou da indústria, diz-se que só um homem de gênio seria capaz de produzi-la, visto que só uma alta inteligência poderia concebê-la.

    Reconhece-se, no entanto, que ela é obra do homem, porque não está acima da capacidade humana; a ninguém, porém, acorrerá a ideia de dizer que saiu do cérebro de um deficiente mental ou de um ignorante, nem, ainda menos, que seja trabalho de um animal, ou simples produto do acaso.

A Gênese - Capítulo II - Deus - Existência de Deus.

Existência de Deus - 4 (1/2)

  1. Em toda parte se reconhece a presença do homem pelas suas obras. A existência dos homens antediluvianos não se provaria unicamente por meio dos fósseis humanos, mas também, e com muita certeza, pela presença, nos terrenos daquela época, de objetos trabalhados pelos homens. Um fragmento de vaso, uma pedra talhada, uma arma, um tijolo bastarão para lhe atestar a presença. Pela grosseria ou perfeição do trabalho, reconhecer-se-á o grau de inteligência ou de adiantamento dos que o executaram.

(continua)

A Gênese - Capítulo II - Deus - Existência de Deus.

Existência de Deus - 4 (2/2)

  1. Se, pois, achando-vos numa região habitada exclusivamente por selvagens, descobrirdes uma estátua digna de Fídias*, não hesitareis em dizer que ela é obra de uma inteligência superior à dos selvagens, visto que estes seriam incapazes de fazê-la.

* N.E.: Escultor grego do séc. V a.C. Incumbido por Péricles de dirigir os trabalhos do Pártenon, encarre- gou-se da decoração esculpida (friso das Panateneias), apogeu do estilo clássico grego.

A Gênese - Capítulo II - Deus - Existência de Deus.

Existência de Deus - 5

  1. Pois bem! lançando o olhar em torno de si, sobre as obras da natureza, observando a previdência, a sabedoria, a harmonia que preside a todas as coisas, reconhece-se não haver nenhuma que não ultrapasse os limites da mais talentosa inteligência humana. Ora, desde que o homem não as pode produzir, é que elas são produto de uma inteligência superior à humanidade, salvo se sustentarmos que há efeitos sem causa.

A Gênese - Capítulo II - Deus - Existência de Deus.

Existência de Deus - 6 (1/5)

  1. A isto algumas pessoas opõem o seguinte raciocínio: as obras ditas da natureza são produzidas por forças materiais que atuam mecanicamente, em virtude das leis de atração e repulsão; as moléculas dos corpos inertes se agregam e desagregam sob o império dessas leis. As plantas nascem, brotam, crescem e se multiplicam sempre da mesma maneira, cada uma na sua espécie, por efeito daquelas mesmas leis; cada indivíduo se assemelha ao de que ele proveio; o crescimento, a floração, a frutificação, a coloração se acham subordinados a causas materiais, tais como o calor, a eletricidade, a luz, a umidade etc.

(continua)

A Gênese - Capítulo II - Deus - Existência de Deus.

Existência de Deus - 6 (2/5)

  1. O mesmo se dá com os animais. Os astros se formam pela atração molecular e se movem perpetuamente em suas órbitas por efeito da gravitação. Essa regularidade mecânica no emprego das forças naturais não acusa de modo algum a ação de uma inteligência livre. O homem movimenta o braço quando quer e como quer; aquele, porém, que o movimentasse no mesmo sentido, desde o nascimento até a morte, seria um autômato. Ora, as forças orgânicas da natureza são puramente automáticas.

(continua)

A Gênese - Capítulo II - Deus - Existência de Deus.

Existência de Deus - 6 (3/5)

  1. O homem movimenta o braço quando quer e como quer; aquele, porém, que o movimentasse no mesmo sentido, desde o nascimento até a morte, seria um autômato. Ora, as forças orgânicas da natureza são puramente automáticas.

    Tudo isso é verdade, mas essas forças são efeitos que devem ter uma causa e ninguém pretende que constituam a Divindade. Elas são materiais e mecânicas; não são por si mesmas inteligentes, o que também é verdade; mas são postas em ação, distribuídas, apropriadas às necessidades de cada coisa por uma inteligência que não é a dos homens.

(continua)

A Gênese - Capítulo II - Deus - Existência de Deus.

Existência de Deus - 6 (4/5)

  1. A aplicação útil des- sas forças é um efeito inteligente que denota uma causa inteligente. Um pêndulo se move com automática regularidade e é nessa regularidade que está o seu mérito. A força que o faz mover-se é toda material e nada tem de inteligente. Mas que seria esse pêndulo se uma inteligência não houvesse combinado, calculado, distribuído o emprego daquela força para fazê-lo andar com precisão? pelo fato de não estar a inteligência no mecanismo do pêndulo e também pela circunstância de que ninguém a vê, seria racional concluir-se que ela não existe? podemos julgá-la pelos seus efeitos.

(continua)

A Gênese - Capítulo II - Deus - Existência de Deus.

Existência de Deus - 6 (5/5)

  1. A existência do relógio atesta a existência do relojoeiro; a engenhosidade do mecanismo atesta a inteligência e o saber de seu fabricante. Quando um relógio vos dá, no momento preciso, a indicação de que necessitais, acaso já vos terá vindo à mente dizer: aí está um relógio bastante inteligente? Dá-se a mesma coisa com o mecanismo do universo: Deus não se mostra, mas se revela pelas suas obras.

A Gênese - Capítulo II - Deus - Existência de Deus.

Existência de Deus - 7

  1. A existência de Deus é, pois, um fato comprovado não só pela revelação, como pela evidência material dos fatos. Os povos selvagens não tiveram nenhuma revelação; entretanto, creem instintivamente na existência de um poder sobre-humano. Eles veem coisas que estão acima das possibilidades do homem e deduzem que essas coisas provêm de um ser superior à humanidade. Não demonstram raciocinar com mais lógica do que os que pretendem que tais coisas se fizeram a si mesmas?

A Gênese - Capítulo II - Deus - Existência de Deus.

Referências Bibliográficas

  • KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução: Guillon Ribeiro. 93. Ed. Brasília: FEB, 2013.

  • KARDEC, Allan. A Gênese. Tradução: Evandro Noleto Bezerra. 2. Ed. Brasília, DF: FEB, 2013.

  • Figuras livres do site Unsplash.com.

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